Olá Salomão,
Meu nome é Beatriz, sou jornalista. Você não me conhece e eu só tive a oportunidade de conversar com o senhor uma vez, muito rapidamente, ha pelo menos 5 anos.
Estou lhe escrevendo justamente para falar desse "encontro" do passado e lhe fazer algumas perguntas.
Explico: quando eu estava no Ensino Médio, mais precisamente indo para o 2º ano, fui comprar os meus livros na Livraria da Rodoviária e esbarrei com o senhor. Não lembro exatamente qual livro estava folheando no momento, mas o senhor me abordou e perguntou se eu gostava de poesia. Logo respondi que sim (e ainda gosto muito!). Depois de trocar algumas palavras, o senhor me entregou várias folhas com poemas seus. A intenção era que eu lesse aquele "esboço" do seu livro (o qual chamava-se, no rascunho, "o sol entre as promessas". E ali naquele momento o senhor riscou o título e deu-lhe outro: "Não tem como".) e depois, por e-mail, fizesse meus comentários a cerca do mesmo. Depois de tantos anos é que resolvi lhe escrever. (...)
Sim, este e-mail fui eu que escrevi.
O nome dele é Salomão Sousa, poeta simpático que logo respondeu minha mensagem.
O escritor me contou que o livro (citado acima) foi premiado no encontro de poesia da cidade de Goyaz e publicado pela editora 7 Letras. A obra ganhou o título de Ruínas ao Sol.
Depois, Salomão publicou todas as suas obras em um único volume, chamado Safra Quebrada. E também um conjunto de artigos.
Agora, especialmente para o Retrato Verbal, ele responde algumas perguntas:
Qual sua formação acadêmica?
Formei-me em Jornalismo como uma segunda alternativa para me manter próximo da Literatura. Na época, eu era muito tímido e ficava apavorado só em pensar em ir para a sala de aula. Não fiz mestrado, doutorado, nada disso. Tinha de ralar e nem podia parar para pensar em formação mais avançada. Mas, penando no pouco que eu tinha, o que alcancei, principalmente com o que complementei com as minhas leituras, acabou significando bastante a formação que consegui.Meu nome é Beatriz, sou jornalista. Você não me conhece e eu só tive a oportunidade de conversar com o senhor uma vez, muito rapidamente, ha pelo menos 5 anos.
Estou lhe escrevendo justamente para falar desse "encontro" do passado e lhe fazer algumas perguntas.
Explico: quando eu estava no Ensino Médio, mais precisamente indo para o 2º ano, fui comprar os meus livros na Livraria da Rodoviária e esbarrei com o senhor. Não lembro exatamente qual livro estava folheando no momento, mas o senhor me abordou e perguntou se eu gostava de poesia. Logo respondi que sim (e ainda gosto muito!). Depois de trocar algumas palavras, o senhor me entregou várias folhas com poemas seus. A intenção era que eu lesse aquele "esboço" do seu livro (o qual chamava-se, no rascunho, "o sol entre as promessas". E ali naquele momento o senhor riscou o título e deu-lhe outro: "Não tem como".) e depois, por e-mail, fizesse meus comentários a cerca do mesmo. Depois de tantos anos é que resolvi lhe escrever. (...)
Sim, este e-mail fui eu que escrevi.
O nome dele é Salomão Sousa, poeta simpático que logo respondeu minha mensagem.
O escritor me contou que o livro (citado acima) foi premiado no encontro de poesia da cidade de Goyaz e publicado pela editora 7 Letras. A obra ganhou o título de Ruínas ao Sol.
Depois, Salomão publicou todas as suas obras em um único volume, chamado Safra Quebrada. E também um conjunto de artigos.
Agora, especialmente para o Retrato Verbal, ele responde algumas perguntas:
Qual sua formação acadêmica?
O que você faz/gosta de fazer além de escrever?
Como foi seu trajeto para a poesia? O que te levou(leva) a escrever poemas?
Desde quando você escreve?
Desde os 15 ou 16 anos, ainda nos meus tempos de ginásio. Lia poemas em todos os eventos estudantis. Cheguei, inclusive, a ganhar um concurso de recitação num evento intercolegial.
Quem são seus referênciais hoje em dia?
Teve algum escritor ou escritora que te influenciou especialmente no começo?
Qual o seu "processo" criativo?
O que você pretende "oferecer" ao leitor com seu trabalho?
há instantes em que a tempestade
passa rente à nossa porta
com sua vestimenta brusca
quase atinje nossa face
com suas ancas largas
passa ao largo sem nos arrancar
das raízes dos adiamentos
como se nos dissesse
que irá nos derrotar
com o ar parado da quietude
passa rente à nossa porta
com sua vestimenta brusca
quase atinje nossa face
com suas ancas largas
passa ao largo sem nos arrancar
das raízes dos adiamentos
como se nos dissesse
que irá nos derrotar
com o ar parado da quietude
Salomão, muito obrigada pela "entrevista" e pela constante atenção.
Para mais poemas, basta acessar o blog: http://www.safraquebrada.
Boa leitura! E até o próximo post.
5 comentários:
Que coisa interessante a historia do Salomao! Adorei Bia!!
Estou em Aracaju (: Ficarei uns dias por aqui.
Obrigada pelo elogio, vindo de uma profissional significa muito pra mim ( como ja lhe disse ).
Mil beijos
;**
A simpatia é toda sua, e a solidariedade para com a minha poesia.
Obrigado
Gostei muito da sua entrevista, Bia. E das poesias dele, então, nossa, maravilhosas. Valia a pena mesmo vc dedicar um post a este poeta. Tbm virei fã. Bom conhecer outros escritores.
Grande abraço!
Acho que depois de chorar demais, a morte até que me satisfaz...
Belo.
Blog.
:)
O ultimo sentimento
Perdeu-se no outro lado do espelho
Onde dormem as estrelas?
Talvez sobre a cabeça de um pobre velho
E a Lua de sorriso trocista
Soltou raios de deslumbrante luar
Um amante tece um manto de ternura
Inunda o espaço uma melodia de embalar
Boa semana
Doce beijo
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