sexta-feira, 16 de outubro de 2009

PEC dos jornalistas pode ser votada na próxima semana


A Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania pode votar já na próxima quarta-feira (21) a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 386/09, que restabelece a exigência de diploma para o exercício da profissão de jornalista. O parecer do relator, deputado Maurício Rands (PT-PE), pela admissibilidade da PEC, foi lido ontem na comissão, mas um pedido de vista adiou sua votação até a próxima semana.

O deputado Maurício Quintela Lessa (PR-AL) explicou que pediu vista para aguardar o debate desta quinta-feira na comissão, em que foram ouvidos representantes das empresas do setor de comunicação, a Federação Nacional de Jornalistas (Fenaj), e a Ordem dos advogados do Brasil (OAB). "Mas na próxima semana a PEC estará pronta para entrar na pauta, dependendo do interesse dos deputados em votá-la", disse.

Há quatro meses, o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu, por oito votos a um, que o diploma universitário não é obrigatório para o exercício da profissão de jornalista. Segundo os ministros, a obrigatoriedade do diploma pode ferir a liberdade de expressão, um direito constitucional.

Para o presidente da Fenaj, Sérgio Murillo de Andrade, a regulamentação da profissão não limita o acesso aos meios de comunicação. Segundo ele, todos os dias, 40% do espaço editorial dos jornais é escrito por pessoas que não são jornalistas, mas que emitem opinião por meio de colunas e artigos assinados.


"Quem continua decidindo quem tem espaço para expressão nos veículos são os empresários, são decisões políticas, e a gente sabe muito bem disso", disse. Andrade citou a exclusão de políticos que são banidos de rádios e jornais locais, e questionou a decisão do Supremo.

A formação superior seria um critério democrático para a entrada nos veículos de comunicação, enquanto a outra opção seria autocrática, ou seja, o dono de um jornal ou TV decide quem vai ou não ser jornalista. "A prática profissional, o jornalismo, deve ser exercido por quem se habilita na teoria, se apropria de técnicas específicas e de uma ética determinada", defendeu.

A Fenaj trouxe alguns exemplos do que já está acontecendo. Um anúncio oferecia um curso de R$ 40 para quem quiser ser jornalista sem diploma, e um analfabeto conseguiu por decisão liminar o registro profissional da categoria.

Andrade disse que não é possível ver qualquer diferença nas últimas edições de grandes revistas, jornais e telejornais, que continuam contratando jornalistas técnicos formados por escolas de comunicação, mas no interior a realidade é diferente. "Se existe profissionalização no interior do Brasil, é porque havia uma lei, e a contribuição que as escolas deram no Brasil é enorme, principalmente ao moralizar essa atividade", completou.

Fonte: Agência Câmara

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

PEC dos Jornalistas recebe parecer favorável na CCJ

A PEC dos Jornalistas, de autoria do deputado federal Paulo Pimenta (PT-RS), recebeu parecer favorável do relator, deputado Maurício Rands (PT-PE), na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). No relatório já entregue à Comissão, Rands entende que a PEC, que estabelece a necessidade de curso superior em jornalismo para o exercício da profissão, não causa "nenhuma ofensa às clausulas invioláveis do texto constitucional" . Ao final do relatório, Rands vota pela aprovação da matéria. "Manifesto meu voto no sentido da admissibilidade da Proposta de Emenda à Constituição nº 386, de 2009", conclui.

A CCJ deverá votar a PEC dos Jornalistas até a quarta-feira (21). Para ser aprovada, é preciso obter voto favorável de metade mais um dos membros da Comissão, do quórum mínimo exigido que é de 31 integrantes.

O autor da proposta, deputado Paulo Pimenta, confia que haverá um entendimento por parte da maioria da Comissão de que há necessidade da formação em curso superior de jornalismo. "Com uma resposta positiva na CCJ, a PEC ganha muita força, pois teremos um parecer jurídico qualificado para contrapor a decisão do STF", declarou Pimenta.

Aprovada na CCJ, a PEC dos Jornalistas será remetida a uma Comissão Especial, e após para votação no plenário da Câmara dos Deputados, o que, acredita Pimenta, deverá ocorrer ainda neste ano. Após, passará pela avaliação no Senado Federal. Ao obter resultado favorável nas duas Casas Legislativas, uma PEC não necessita de sanção do Presidente da República para vigorar.

Antes da votação, a CCJ realiza audiência pública amanhã, quinta-feira (15), a partir das 10h, para debater a decisão do STF que acabou com a exigência do diploma. Em avaliação, estará o conteúdo da PEC 386, do deputado Paulo Pimenta.


Fonte: www.ojornalista.com.br

quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Primavera (feliz)



O que faz você feliz?

A lua, a praia, o mar
Uma rua, passear
Um doce, uma dança, um beijo
Ou goiabada com queijo

Afinal, o que faz você feliz?

Chocolate, paixão, dormir cedo, acordar tarde
Arroz com feijão, matar a saudade
O aumento, a casa, o carro que você sempre quis
Ou são os sonhos que te fazem feliz?

Dormir na rede, matar a sede
Ler ou viver um romance
O que faz você feliz?

Um lápis, uma letra, uma conversa boa
Um cafuné, café com leite, rir a toa
Um pássaro, um parque, um chafariz
Ou será o choro que te faz feliz?

A pausa para pensar
Sentir o vento, esquecer o tempo
O céu, o sol, um som
A pessoa, ou o lugar?

Agora me diz, o que faz você feliz?


(Arnaldo Antunes)


- Um ipê branco com certeza me faz feliz. :)

quarta-feira, 26 de agosto de 2009

Amigo do caos



Cena típica de uma terça-feira ao meio dia: ônibus lotado vai em direção à Rodoviária, no centro da cidade. Cerca de 30 pessoas se espremem entre a porta de entrada e a "catraca". Aquele local, teoricamente reservado aos idosos e demais pessoas que tem passe livre, vira uma lata de sardinha. O resto do veículo? Não posso falar, eu não via nada além de ombros, cabeças, costas. Aliás, eu via alguma coisa? Meu pé era esmagado constantemente e minhas mãos tremiam tentando segurar o peso do meu corpo.

Esse não é um caso isolado. Existem outros, inclusive, muito mais caóticos.
Estamos na capital do Brasil, minha gente.

segunda-feira, 3 de agosto de 2009

Diploma: Precisamos do seu apoio!


Frente precisa de apoio de parlamentares

Mais de cento e cinqüenta parlamentares, entre deputados federais e senadores, já assinaram a proposta de constituição da Frente Parlamentar em Defesa da Profissão de Jornalista, mas é preciso mais. São necessárias 191 assinaturas para oficializar a criação, no Congresso Nacional, da frente suprapartidária que deverá dinamizar a tramitação de projetos que restabeleçam a regulamentação da profissão de jornalista.

Chegou o momento de jornalistas, estudantes e professores de Jornalismo e apoiadores cobrarem de parlamentares o seu posicionamento sobre esta questão. Somente com a adesão do maior número de parlamentares será possível reverter, com a urgência necessária, a decisão do Supremo Tribunal Federal, que acabou com a exigência do diploma para o exercício profissional do Jornalismo.

Todos aqueles que defendem a formação e a necessidade do diploma para jornalistas devem entrar em contato com os parlamentarem que ainda não assinaram a proposta da Frente para buscar o apoio à sua criação.

Segue abaixo proposta de texto a ser enviado aos parlamentares:


Prezado (a) parlamentar,

no dia 17 de junho de 2009, a maioria dos ministros do Supremo Tribunal Federal votou contra a exigência de qualquer formação para o exercício da profissão de jornalista, numa interpretação equivocada de que o exercício profissional do Jornalismo fere o direito de expressão. Longe de ameaçar a liberdade de expressão, tal exigência oferece à sociedade garantias mínimas de qualidade da informação e compromisso ético profissional. O que realmente fere a democracia brasileira é deixar nas mãos, exclusivamente, dos donos dos veículos de comunicação o poder de arbitrar sobre quem pode ou não exercer o Jornalismo no Brasil.

A decisão retrógrada do STF derrubou uma conquista de várias décadas, não apenas para os jornalistas, mas principalmente para a sociedade, que tem o direito de receber uma informação qualificada, ética e produzida por um profissional capacitado, com formação específica para exercer o Jornalismo. Sem contar que a sentença que precariza a profissão de jornalista e abre precedente para a desregulamentação de outras categorias profissionais.

Como o STF é a última instância jurídica, cabe ao Congresso Nacional desfazer esse equívoco e restabelecer a exigência de formação específica de nível superior para o exercício profissional do jornalista, como também quer a nossa sociedade, que reagiu imediatamente desaprovando o posicionamento da Corte Suprema brasileira.

Em Brasília, a deputada federal Rebecca Garcia (PP-AM) lançou a Frente Parlamentar em Defesa da Profissão de Jornalista, que já tem a adesão de mais de 150 parlamentares. Queremos contar também com a participação de V. Exa.

Nós, jornalistas, estudantes e professores de Jornalismo e apoiadores da formação superior, vimos reafirmar que a decisão do STF é contrária ao interesse público e solicitar a indispensável participação dos parlamentares para que a Frente seja criada o quanto antes, com o objetivo de dinamizar a tramitação de projetos que restabeleçam a regulamentação da profissão de jornalista.

Contamos com o seu apoio!

Para enviar a mensagem aos deputados federais, clique aqui.

Já os endereços de e-mail dos senadores podem ser encontrados aqui.



Fonte: www.ojornalista.com.br


quinta-feira, 9 de julho de 2009

A poesia de Salomão Sousa

Olá Salomão,

Meu nome é Beatriz, sou jornalista. Você não me conhece e eu só tive a oportunidade de conversar com o senhor uma vez, muito rapidamente, ha pelo menos 5 anos.
Estou lhe escrevendo justamente para falar desse "encontro" do passado e lhe fazer algumas perguntas.
Explico: quando eu estava no Ensino Médio, mais precisamente indo para o 2º ano, fui comprar os meus livros na Livraria da Rodoviária e esbarrei com o senhor. Não lembro exatamente qual livro estava folheando no momento, mas o senhor me abordou e perguntou se eu gostava de poesia. Logo respondi que sim (e ainda gosto muito!). Depois de trocar algumas palavras, o senhor me entregou várias folhas com poemas seus. A intenção era que eu lesse aquele "esboço" do seu livro (o qual chamava-se, no rascunho, "o sol entre as promessas". E ali naquele momento o senhor riscou o título e deu-lhe outro: "Não tem como".) e depois, por e-mail, fizesse meus comentários a cerca do mesmo. Depois de tantos anos é que resolvi lhe escrever. (...)

Sim, este e-mail fui eu que escrevi.
O nome dele é Salomão Sousa, poeta simpático que logo respondeu minha mensagem.
O escritor me contou que o livro (citado acima) foi premiado no encontro de poesia da cidade de Goyaz e publicado pela editora 7 Letras. A obra ganhou o título de Ruínas ao Sol.
Depois, Salomão publicou todas as suas obras em um único volume, chamado Safra Quebrada. E também um conjunto de artigos.

Agora, especialmente para o Retrato Verbal, ele responde algumas perguntas:


Qual sua formação acadêmica?
Formei-me em Jornalismo como uma segunda alternativa para me manter próximo da Literatura. Na época, eu era muito tímido e ficava apavorado só em pensar em ir para a sala de aula. Não fiz mestrado, doutorado, nada disso. Tinha de ralar e nem podia parar para pensar em formação mais avançada. Mas, penando no pouco que eu tinha, o que alcancei, principalmente com o que complementei com as minhas leituras, acabou significando bastante a formação que consegui.

O que você faz/gosta de fazer além de escrever?
Primeiramente, gosto das amizades, onde podemos transitar com nossa voluntariedade. Sem as amizades, há uma grande inutilidade em viver, pois, sem elas, acabamos transeuntes do vazio. As amizades possibilitam a solidariedade. De ouvir jazz, e também de andar pela cidade. Aliás, não sei do que não gosto.

Como foi seu trajeto para a poesia? O que te levou(leva) a escrever poemas?
A poesia, em minha vida, apareceu como uma amizade — para preencher a solidão, poder transitar com mais completude, com mais palavras no bolsa e na boca. E comigo ela foi deveras solidária. Já entrei nela pelo Modernismo: Bandeira, Cassiano Ricardo, Drummond. Comecei a escrever por desafio: vou escrever! Minha primeira leitora foi uma professora que entrou na biblioteca em que eu trabalhava e pediu para ler o que eu escrevia. Ela estava com o namorado. Leram meu poema de rostos bem próximos e ela falou baixo para ele: ele deve ter copiado. Carreguei aquilo por muitos anos como agressão, mas hoje compreendo que foi o primeiro elogio que recebi, pois eu sei que aquele poema era meu. Hoje eu escrevo movido por esses elogios: uma garota que acha que copiei um poema que escrevi, uma que chorou ao ler um de meus livros, por aquele que acha que ainda não escrevi nenhum poema de valia, por uma estudante encontrada de relance numa livraria e que um dia me aparece jornalista indagando por minha poesia. Talvez minha poesia não dê em grande coisa — assim na montanha de Maomé —, mas terá sido uma andorinha que voou por alguns minutos no meu dia.

Desde quando você escreve?
Desde os 15 ou 16 anos, ainda nos meus tempos de ginásio. Lia poemas em todos os eventos estudantis. Cheguei, inclusive, a ganhar um concurso de recitação num evento intercolegial.

Quem são seus referênciais hoje em dia?
Assim, rapidamente e impensadamente: Jorge de Lima e Rilke. A poesia saindo de dentro de algo como a estalactite — sem sabermos de onde terá vindo e se formado em nós com suas dourações. A poesia se forma com nossos escuros, assim.

Teve algum escritor ou escritora que te influenciou especialmente no começo?
Tudo nos influencia. O cordel lido na infância, o andarilho que recitava improvisos... As rezas, a música. Foram tantos poetas lidos, que não sei qual deles ficou em minha poesia. Talvez todos, ou apenas as minhas próprias palavras.

Qual o seu "processo" criativo?
Não tenho disciplina. Escrevo quando tenho vontade, mas, com mais intensidade quando estou fechando o livro, pois, nesse momento, tenho de fechar os poemas da forma mais límpida possível.

O que você pretende "oferecer" ao leitor com seu trabalho?
Alguma intensidade de vida, ou de nada. O escritor real é aquele que não se preocupa com o leitor, mas com a própria obra, com a autenticidade que possa estar nela mesma.


há instantes em que a tempestade
passa rente à nossa porta
com sua vestimenta brusca
quase atinje nossa face
com suas ancas largas
passa ao largo sem nos arrancar
das raízes dos adiamentos
como se nos dissesse
que irá nos derrotar
com o ar parado da quietude


Salomão, muito obrigada pela "entrevista" e pela constante atenção.

Para mais poemas, basta acessar o blog: http://www.safraquebrada.blogspot.com/


Boa leitura! E até o próximo post.

quarta-feira, 8 de julho de 2009

Diploma: Agora, Câmara e Senado podem analisar a questão paralelamente


Deputado protocola PEC que prevê volta do diploma

Depois do senador Antonio Carlos Valadares (PSB-SE) apresentar no último dia 1º, proposta de emenda à Constituição (PEC) que vincula, obrigatoriamente, o exercício da profissão de jornalista aos portadores de diploma de curso superior de Comunicação Social, hoje (08/07) foi protocolada na Câmara dos Deputados uma outra PEC de igual teor. Agora, tanto a Câmara quanto o Senado Federal podem analisar a questão paralelamente e acelerar o reparo da lamentável decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que, no mês passado, declarou nula a exigência do diploma prevista no Decreto-lei (DL) 972, de 17 de outubro de 1969.

O autor da proposta apresentada na Câmara é o de deputado federal gaúcho Paulo Pimenta (PT). A PEC da Câmara recebeu o número 386/2009 e foi entregue com 191 assinaturas.

Pimenta, que tem participado de manifestações e reuniões com jornalistas, professores e estudantes de jornalismo, destacou a mobilização que vem ocorrendo em todo o país no sentido de reverter a decisão do STF. "Foi extremamente importante a rápida reação da sociedade, desaprovando o absurdo cometido pela Corte Suprema brasileira, e que abriu precedente para a desregulamentação de outras profissões. No caso do jornalismo, essa atividade é mais do que a simples prestação de informação ou a emissão de uma opinião pessoal. Ela influencia na decisão dos receptores da informação, por isso não pode ser exercida por pessoas sem aptidão técnica e ética", afirmou Pimenta em defesa da formação superior no curso de jornalismo.

Fonte: www.ojornalista.com.br

terça-feira, 30 de junho de 2009

Diploma de jornalismo: a polêmica continua


Diploma: análise da ABI aponta erros do STF

Em artigo publicado no Jornal do Brasil ontem, 29 de junho, o presidente da Associação Brasileira de Imprensa (ABI), Maurício Azêdo, sustentou que os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) cometeram vários erros ao justificar a derrubada da exigência de diploma de curso de Comunicação Social ou Jornalismo para o exercício da profissão. Um desses erros foi o de atribuir ao Decreto-Lei nº 972/69, de outubro desse ano, o objetivo de submeter os meios de comunicação à censura, a qual foi instituída formalmente três meses depois, em janeiro de 1970, pelo Decreto-Lei nº 1.077.

No texto, publicado na página A16 sob o título Incriminação do diploma não se sustenta, diz o presidente da ABI que o relator do processo, Ministro Gilmar Mendes, presidente do STF, "foi infeliz e revelou extremado mau gosto ao comparar o desempenho do jornalista com o do cozinheiro, mesmo o grande mestre no ofício de conceber e preparar acepipes e quitutes". Diz o articulista que "demonstrou o Ministro que não entende nem de jornalismo nem de arte culinária; se entendesse, não faria as comparações inadequadas que fez".

Com um intertítulo dado pela Redação do JB (Erro do STF na decisão instaura a incompreensível lei da selva trabalhista), o artigo integrou a série Sociedade Aberta, em que o jornal acolhe opiniões de diferentes pessoas. Seu texto é reproduzido a seguir.

"O julgamento pelo Supremo Tribunal Federal da questão da obrigatoriedade de exigência do diploma de conclusão do curso de Comunicação Social ou de Jornalismo para o exercício da profissão de jornalista deixou claro que os membros da chamada Suprema Corte não tinham nem têm familiaridade com o tema tratado.

Na justificação dos votos pela derrubada da disposição pertinente do Decreto-lei nº 972/69, os ministros confundiram alhos com bugalhos e revelaram um subjetivismo que não encontra guarida nos fatos históricos e em sua cronologia. Para incriminar a exigência do diploma e justificar sua supressão, vimos ministros a dizer que o Decreto-lei nº 969/72 foi editado com o objetivo de sufocar a imprensa, submetendo-a a censura. Há grave erro aí: a censuraa foi formalmente instituída pelo Decreto-lei nº 1.077, de 26 de janeiro de 1970, mais de três meses após a edição do Decreto nº 972, assinado em 17 de outubro de 1969 e publicado no dia 21 seguinte. Lembre-se, aliás, que era dispensável a formalização do poder de censurar veículos de comunicação, sabido que, com honrosas exceções, como o JB, O Estado de S. Paulo, o Jornal da Tarde e a Tribuna da Imprensa, jornais e emissoras de televisão praticavam a autocensura e faziam o jogo da ditadura militar.

Improcede a afirmação do digno Ministro Ricardo Lewandovski de que o Decreto nº 972/69 tinha como "escopo, inequivocamente, controlar as informações veiculadas pelos meios de comunicação, em especial pelos jornais, afastando das redações intelectuais e políticos que faziam oposição ao governo de então". Na verdade esses intelectuais - um Otto Maria Carpeaux, um Antônio Callado, um Octávio Malta - já tinham sido afastados das redações não por esse decreto, mas pelo esmagamento político e comercial que o regime militar impôs a veículos como Última Hora, levada à descaracterização, e o Correio da Manhã, perseguido e subjugado até falir.

Carece igualmente de fundamento a invocação do Pacto de São José da Costa Rica, validado no País pelo Decreto 678/92, de que a disposição agora derrubada conflitasse com o artigo 13.3 dessa convenção, como alegado pelo mesmo Ministro Lewandovski, que transcreveu o texto de tal disposição, assim redigida: "Não se pode restringir o direito de expressão por vias ou meios indiretos, tais como abuso de controles oficiais ou particulares de papel de imprensa, de frequências radioelétricas ou de equipamentos e aparelhos usados na difusão da informação, nem por quaisquer outros meios destinados a obstar a comunicação e a circulação de idéias e opiniões". Mesmo um advogado recém-formado saberia que falta tipicidade entre o que dispõe o Decreto nº 972 e o texto reproduzido pelo Ministro.

Numa instituição que reúne algumas das maiores sumidades do País em todos os ramos do Direito, como é o Supremo Tribunal Federal, é incompreensível que tenham sido cometidos erros fáticos dessa natureza, para justificar uma decisão desprovida de fundamento jurídico, e sim ditada pelo propósito politico de atender à postulação do Sindicato das Empresas de Rádio e Televisão do Estado de São Paulo, o grande interessado em instituir a lei da selva, uma terra de ninguém nas relações trabalhistas, afinal criada pela decisão do Supremo, ao homologar e legitimar práticas restritivas dos direitos dos jornalistas já adotadas por muitas das empresas filiadas a essa entidade.

Mais grave do que essas alegações despropositadas foi o conjunto de argumentos expostos pelo relator, Ministro Gilmar Mendes, Presidente do Supremo Tribunal Federal, que foi infeliz e revelou extremado mau gosto e escassa criatividade ao comparar o desempenho do jornalista com o do cozinheiro, mesmo o grande mestre no ofício de conceber e preparar acepipes e quitutes. Demonstrou o Ministro que não entende nem de jornalismo nem de arte culinária; se entendesse, não faria as comparações inadequadas que fez.

Ao contrário do que sustentaram ministros que acompanharam o relator (Cármen Lúcia, Carlos Ayres Britto, Cezar Peluso, Celso de Mello), a profissão de jornalista não pode ser exercida por pessoas que tenham apenas o curso fundamental completo ou incompleto, para as quais a decisão do Supremo escancarou com largueza as portas de acesso à profissão, ou mesmo por aquelas que, como os ministros do chamado Pretório Excelso, tenham formação de nível universitário em outras especializações da vida social."

Maurício Azêdo, presidente da Associação Brasileira de Imprensa (ABI)

Fonte: http://www.ojornalista.com.br

sábado, 20 de junho de 2009

Protesto de estudantes e jornalistas




SEGUNDA-FEIRA, dia 22/06, às 10 horas da manhã na PRAÇA DOS TRÊS PODERES.

Estudantes e profissionais de Jornalismo estão convocando todos os interessados para uma manifestação de protesto contra a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), que extinguiu a obrigatoriedade do diploma universitário para
exercício da profissão.

Será segunda-feira (22/6), as 10h, na Praça dos Três Poderes.

Segue o posicionamento oficial da Federação Nacional dos Jornalistas - FENAJ

Nota da Fenaj
Por A Diretoria da Fenaj

Perplexos e indignados os jornalistas brasileiros enfrentam neste momento uma das piores situações da história da profissão no Brasil. Contrariando todas as expectativas da categoria e a opinião de grande parte da sociedade, o Supremo Tribunal Federal (STF), por maioria, acatou, nesta quarta-feira (17/6), o voto do ministro Gilmar Mendes considerando inconstitucional o inciso V do art. 4º do Decreto-Lei 972 de 1969 que fixava a exigência do diploma de curso superior para o exercício da profissão de jornalista.

Outros sete ministros acompanharam o voto do relator. Perde a categoria dos jornalistas e perdem também os 180 milhões de brasileiros, que não podem prescindir da informação de qualidade para o exercício de sua cidadania.

A decisão é um retrocesso institucional e acentua um vergonhoso atrelamento das recentes posições do STF aos interesses da elite brasileira e, neste caso em especial, ao baronato que controla os meios de comunicação do país. A sanha desregulamentadora que tem pontuado as manifestações dos ministros da mais alta corte do país consolida o cenário dos sonhos das empresas de mídia e ameaça as bases da própria democracia brasileira. Ao contrário do que querem fazer crer, a desregulamentação total das atividades de imprensa no Brasil não atende aos princípios da liberdade de expressão e de imprensa consignados na Constituição brasileira nem aos interesses da sociedade.

A desregulamentação da profissão de jornalista é, na verdade, uma ameaça a esses princípios e, inequivocamente, uma ameaça a outras profissões regulamentadas que poderão passar pelo mesmo ataque, agora perpetrado contra os jornalistas.

O voto do STF humilha a memória de gerações de jornalistas profissionais e, irresponsavelmente, revoga uma conquista social de mais de 40 anos. Em sua lamentável manifestação, Gilmar Mendes defende transferir exclusivamente aos patrões a condição de definir critérios de acesso à profissão.

Desrespeitosamente, joga por terra a tradição ocidental que consolidou a formação de profissionais que prestam relevantes serviços sociais por meio de um curso superior.

O presidente-relator e os demais magistrados, de modo geral, demonstraram não ter conhecimento suficiente para tomar decisão de tamanha repercussão social. Sem saber o que é o jornalismo, mais uma vez - como fizeram no julgamento da Lei de Imprensa - confundiram liberdade de expressão e de imprensa e direito de opinião com o exercício de uma atividade profissional especializada, que exige sólidos conhecimentos teóricos e técnicos, além de formação humana e ética.

A Federação Nacional dos Jornalistas (FENAJ), como entidade de representação máxima dos jornalistas brasileiros, esclarece que a decisão do STF eliminou a exigência do diploma para o acesso à profissão, mas que permanecem inalterados os demais dispositivos da regulamentação da profissão. Dessa forma, o registro profissional continua sendo condição de acesso à profissão e o Ministério do Trabalho e Emprego deve seguir registrando os jornalistas, diplomados ou não.

Igualmente, a FENAJ esclarece que a profissão de jornalista está consolidada não apenas no Brasil, mas em todo o mundo. No caso brasileiro, a categoria mantém suas conquistas históricas, como os pisos salariais, a jornada diferenciada de cinco horas e a criação dos cursos superiores de jornalismo.

Em que pese o duro golpe na educação superior, os cursos de jornalismo vão seguir capacitando os futuros profissionais e, certamente, continuarão a ser a porta de entrada na profissão para a grande maioria dos jovens brasileiros que sonham em se tornar jornalistas.

A FENAJ assume o compromisso público de seguir lutando em defesa da regulamentação da profissão e da qualificação do jornalismo. Assegura a todos os jornalistas em atuação no Brasil que tomará todas as medidas possíveis para rechaçar os ataques e iniciativas de desqualificar a profissão, impor a precarização das relações de trabalho e ampliar o arrocho salarial existente.

Neste momento crítico, a FENAJ conclama toda a categoria a mobilizar-se em torno dos Sindicatos. Somente a nossa organização coletiva, dentro das entidades sindicais, pode fazer frente a ofensiva do patronato e seus aliados contra o jornalismo e os jornalistas. Também conclama os demais segmentos profissionais e toda a sociedade, em especial os estudantes de jornalismo, que intensifiquem o apoio e a participação na luta pela valorização da profissão de jornalista.

Somos 80 mil jornalistas brasileiros. Milhares de profissionais que, somente através da formação, da regulamentação, da valorização do seu trabalho, conseguirão garantir dignidade para sua profissão e qualidade, interesse público, responsabilidade e ética para o jornalismo.

Para o bem do jornalismo e da democracia, vamos reagir a mais este golpe!

Brasília, 18 de junho de 2009.

Diretoria da Federação Nacional dos Jornalistas - FENAJ

quinta-feira, 11 de junho de 2009

quinta-feira, 4 de junho de 2009

Arte contemporânea?

Hoje eu me senti desrespeitada. Saí de casa para assistir um espetáculo de dança contemporânea e o que eu vi foram dois homens encenando alguma coisa, não entendi ainda o quê. E nem quero entender. A música era ruim, os "dançarinos" não sabiam - ou pelo menos não tentaram ali, naquela ocasião - dançar. Péssimo. Em alguns momentos a música parava e um deles cuspia frases se nexo e um monte de palavrões. Eu não sabia se detestava mais a pseudo dança ou a violência gratuita por meio de palavras. Horrível.

Agora, procurando algo sobre o grupo de dança que me fez passar raiva, encontrei isto - que me deixou mais indignada ainda:

A dança do baSiraH se define na exploração das potencialidades da dança contemporânea, com as mesclas possíveis de teatro e dança . Nesse sentido a companhia sempre buscou em seus espetáculos abordar temáticas consoantes com o momento atual, onde propõe reflexão sobre o ser humano e sua condição na sociedade. O espetáculo “2” persistiu com esta proposta buscando mesclar territórios artísticos e os fundir criando possibilidades de poéticas cênicas e comunicação com público de forma diversificada”.

(Fonte: http://www.overmundo.com.br/agenda/basirah-nucleo-de-danca-contemporanea-apresenta-2 )

A peça "2" não tem nada de teatro e muito menos de dança! E tenho certeza de que não fui a única a detestar essa pseudo arte, que se diz contemporânea. Além de mim e das três pessoas que estavam comigo, vários outros espectadores saíram antes da metade do "espetáculo". Vale ressaltar que, dos 300 e poucos lugares disponíveis, menos de 80 estavam ocupados. Não me surpreenderia se os dois "bailarinos" terminassem a encenação sem ninguém na platéia, mas para o consolo deles, restaram ali os convidados.

Eu não me imagino mais saindo de casa para assistir o grupo Basirah. Precisava registrar isso.

segunda-feira, 1 de junho de 2009

Project Walk, A Festa



O post de hoje é para divulgar a festa beneficente da Fernanda Fontenele (ver post do dia 19 de maio, abaixo) .

Seja solidário se divertindo...
Faça o bem, não importa a quem...

Project Walk - A Festa

Dia 19/06, a partir das 22:00hs, no clube AABB.

Atrações:

- Clima de Montanha, Capital do Samba e Coisa Nossa
- Adrana Samartini, Fura Olho
- Fábio & Fabrício e Marco Túlio & Rafael
- Dj Kaká e DJ Guga nos intervalos

Preço único: R$15,00

TODO o dinheiro arrecadado será destinado às despesas do tratamento na Califórnia.

Mais informações no folder (acima) ou no blog da Fernanda:
http://fernandafontenele.blogspot.com/

Agradeço aos que puderem divulgar.
É muito importante!

Obrigada.

terça-feira, 19 de maio de 2009

Project Walk, Fernanda Fontenele

Hoje eu vim falar de uma pessoa que não conheço, mas cuja história de vida me emocionou e ainda me emociona muito. O nome dela é Fernanda Fontenele, 22 anos, jornalista. Sim, a mesma idade e profissão que eu. Meses atrás vi a Fernanda colando grau. Eu estava lá por razões familiares, nem conhecia aquela menina loira que andava de cadeira de rodas. Pois é, eis o detalhe onde eu gostaria de chegar.

Fernanda sofreu um acidente aos 17 anos e ficou tetraplégica. Mesmo com todas as dificuldades, conseguiu recuperar os movimentos do tronco e braços, voltou a sentir sensibilidade nos pés, se formou e tenta levar uma vida "normal". Mas o motivo principal que gerou este post é o seguinte: recentemente ela descobriu um tratamento em San Diego, EUA, que pode fazer com que ela volte a andar, pois vem respondendo bem aos estímulos do tratamento que faz aqui no Brasil.

Emocionada em vê-la tão feliz naquele palco, há meses, e depois em matéria que saiu no jornal Correio Braziliense, resolvi ajudar - do jeito que posso - para que ela consiga realizar o seu sonho. Para fazer o tratamento, Fernanda precisa arrecadar U$ 55 mil, o equivalente a mais ou menos R$ 120 mil - incluindo passagens, hospedagem, o custo do tratamento, etc, para ela e a mãe.

O video do projeto fala por si só. Quem puder assistir, são apenas 4 minutinhos, basta clicar aqui. Vale a pena.

Mais informações no próprio Blog da Fernanda: fernandafontenele.blogspot.com

Qualquer ajuda é bem vinda!
Agradeço aos que puderem divulgar essa campanha.

sábado, 25 de abril de 2009

El Ojo de Iberoamérica

Comigo não existe a tal rixa entre jornalistas e publicitários. Pelo contrário, adoro participar de eventos de publicidade e conversar com os profissionais dessa área.

Este ano fui a um Congresso chamado Almanaque de Criação, e foi ao lembrar das palestras que resolvi vir aqui escrever este post.

Um dos palestrantes mostrou várias peças publicitárias brasileiras, criadas pela agência Santa Clara para promover o Festival Internacional El Ojo de Iberoamérica. São vídeos muito engraçados, que funcionaram como uma campanha de marketing viral pela Internet para divulgar um dos mais importantes festivais internacionais de publicidade - que tem como foco a procura de novos e diferentes enfoques em publicidade, comunicação e entretenimento.

As peças mostram como seria a fábula “Os três porquinhos” contada pelos presidentes Lula, Hugo Chaves e Fidel Castro. Elas foram veiculadas em um hot site interativo, para que os internautas também pudessem criar vídeos de suas próprias versões para o conto. Foi uma forma criativa de abordar a diversidade cultural dos países latino-americanos e chamar a atenção para o evento.

Eu morri de rir, especialmente com a versão do Lula, que publico abaixo.



Quem se interessar, pode assistir os outros vídeos no YouTube.

Então, boas risadas! E até o próximo post.

quinta-feira, 23 de abril de 2009

Comemoração?

O resultado do 21 de abril, terça-feira, foi: vários esfaqueados e uma morte.

Quem passa pela Esplanada ainda sente o cheiro de urina e fezes.
Passei por lá hoje e lamentei não estar com a minha máquina fotográfica. A sujeira está terrível.

É isso que chamam de comemoração?

Com essa (falta de) estrutura, o tão falado aniversário de 50 anos poderá ser uma vergonha maior.

(...)

segunda-feira, 20 de abril de 2009

Poesia Visual


Brasília, 49 anos.

A cidade (ainda) preserva beleza.
É, para mim, poesia visual.

Eu vejo, sim, a violência, os engarrafamentos, a precariedade do transporte urbano. Me entristeço com a decadência do ensino público, com a falta de atendimento nos hospitais. Mais do que ver, eu convivo com isso.

Mas observo, sobretudo, a imensidão do céu, a beleza do sol se pondo e a lua cheia podendo ser vista de qualquer lugar - num horizonte a se perder de vista. Aprecio a harmonia singular dos monumentos, das avenidas largas, das árvores que decoram toda a Capital. Sim, eu enxergo, reparo, reconheço esses aspectos porque eles diferenciam Brasília das demais cidades brasileiras.


Brasília é construída na linha do horizonte. Brasília é artificial. Tão artificial como devia ter sido o mundo quando foi criado. Quando o mundo foi criado, foi preciso criar um homem especialmente para aquele mundo. Nós somos todos deformados pela adaptação à liberdade de Deus. Não sabemos como seríamos se tivéssemos sido criados em primeiro lugar e depois o mundo deformado às nossas necessidades. Brasília ainda não tem o homem de Brasília. Se eu dissesse que Brasília é bonita veriam imediatamente que gostei da cidade. Mas se digo que Brasília é a imagem de minha insônia vêem nisso uma acusação. Mas a minha insônia não é bonita nem feia, minha insônia sou eu, é vivida, é o meu espanto. É o ponto e vírgula. Os dois arquitetos não pensaram em construir beleza, seria fácil: eles ergueram o espanto inexplicado. A criação não é uma compreensão, é um novo mistério.

(Clarice Lispector)




Brasília é Brasília.
Não existe qualquer cidade parecida.


Parabéns, Brasília!


PS: Mais fotos da Capital podem ser vistas no meu Flickr - http://www.flickr.com/photos/bia_vilela/

Agora, mudei.

Mudança (provisória) de layout.
Saem as fotos velhas, e entra visualização simples, ainda sem maiores personalizações.

Em breve, quem sabe, esse blog fica do jeito que eu quero.


Au revoir.

quinta-feira, 16 de abril de 2009

Voltei.

Depois de nove meses ausente, voltei.


Há algumas semanas venho corroendo a curiosidade em experimentar o tal do twitter. Mal sabia eu que essa ferramenta já existe ha dois anos e é utilizada não só por “pessoas comuns”, mas também por jornais, sites, empresas que querem divulgar suas ações/informações diariamente.


Mas a minha curiosidade vai além de saber mexer no twitter, que alguns gostam de classificar como um “mini-blog”. Eu sempre me perguntei, desde a primeira vez que ouvi falar dessa ferramenta, o que diabos significava esse nome: twitter.


Agora eu sei.


Twitter, em inglês, significa cantar, gorjear, chilrear, pipilar, estridular. Falar rápido e alto sobre coisas sem importância devido ao fato de estar nervoso (de acordo com o dicionário Michaelis). Bom, se gorjeio é o “canto melodioso formado de notas rápidas”, chilro é uma “voz aguda e gorjeada das aves” e pipilar é o “piar das aves” (segundo o Dicionário Priberam da Língua Portuguesa), então não é à toa que o layout do twitter é cheio de aves, pássaros. Tudo fez sentido: “um piu” = mensagem curta = posts que não podem ultrapassar 140 caracteres. Ok, entendi. Mas continuo achando o nome um tanto quanto bizarro.


Enfim, deixa para lá. Matei minha curiosidade.


E tudo isso é só para dizer que eu criei o meu twitter e foi ele que me trouxe de volta a vontade de interagir na internet, e por que não, na blogosfera. Tenho idéias de posts, quero mudar o meu layout (convenhamos, essa foto não me confere qualquer credibilidade!) e já adicionei novos links de blogs que eu passei a freqüentar.


Espero que isso não suma novamente.


E por hoje, é só.


Beijometwitta!

http://twitter.com/BeatrizVilela